No estudo da resistência a antimicrobianos também é importante compreender por que algumas bactérias se mantêm susceptíveis!
Na monografia de final do curso defendida em maio/2021 no Curso de Ciências Biológicas: Microbiologia e Imunologia por Mariana Anjo Barbosa, conduzimos um estudo sobre Escherichia coli patogênica extraintestinal (ExPEC) do clone ST95. E. coli é a principal causa de infecção de trato urinário (ITU). Em alguns poucos estudos realizados no Brasil, foi verificado uma baixa frequência do clone ST95, diferentemente de outros países onde é um dos clones predominantes. Cepas deste clone são predominantemente susceptíveis a antimicrobianos. Neste estudo, foi analisada uma coleção de amostras de E. coli oriundas de indivíduos com ITU diagnosticada na comunidade, obtidas nos anos de 2005 (n =139), 2015 (n =499) e 2019 (n =937) no Rio de Janeiro. Foi investigada a frequência das amostras e o perfil de susceptibilidade a antimicrobianos de E. coli do ST95. Amostras ST95 representam 1,4% e 0,8% das coleções de 2005 e 2015, respectivamente, e 2,5% na coleção de 2019, o que constituiu em aumento significativo (p<0,05). A maioria das amostras apresentaram altas taxas de susceptibilidade aos antimicrobianos testados. Em suma, apesar do aumento significativo, amostras ST95 mantiveram-se com baixa prevalência e alta susceptibilidade a antimicrobianos.
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