A pandemia do novo coronavírus (COVID-19) teve um impacto em diversos setores e afetou completamente o cotidiano das pessoas. A rápida propagação do vírus aumentou significativamente a demanda do sistema de saúde. Medidas de proteção coletiva foram adotadas e se tornou essencial identificar rapidamente por meio de testes laboratoriais os pacientes portadores do vírus da síndrome respiratória aguda (SARS-CoV-2).

Diversos laboratórios adaptaram suas rotinas e passaram a fornecer a testagem à população. Com isso, houve novos desafios a serem considerados como a limitação do número de amostras por testagem e o tempo para a liberação do resultado. Além disso, devido ao impacto mundial do SARS-CoV-2 e às amplas políticas de testagem em diversos países, o fornecimento de insumos necessários para a realização das técnicas moleculares ficaram escassos.

Os pesquisadores do Laboratório de Pesquisa em Resistência Bacteriana (LABRESIS) buscaram alternativas para aumentar o número de amostras testadas ao mesmo tempo, além de, reduzir os custos do aumento do número de testes. Para permitir a testagem massiva, os pesquisadores adaptaram a técnica de agrupamento de amostras (Pool) para a detecção de SARS-CoV-2. Esta técnica já é bastante usatilizada em banco de sangue, para a triagem de pacientes com Síndrome da Imunodeficiência Adquirida (HIV) e Hepatite B e C. O Pool permite que as amostras de diferentes indivíduos sejam testadas juntas, o que reduz significativamente o tempo e o custo por exame.

Os resultados do estudo realizado no LABRESIS indicaram que o pool de 10 amostras clínicas preparados logo que as amostras chegam no laboratório e submetidos aos testes moleculares é extremamente efetivo. É importante considerar que, este método é eficaz em cenários onde há baixa prevalência de SARS-CoV-2, como um importante método de triagem epidemiológica. Visto que, se um resultado for positivo será necessário que as amostras sejam testadas individualmente.

O Artigo pode ser lido na íntegra aqui.

Autoria: Ms. Fabiana Volpato

Revisão: Prof. Dr. Afonso Luís Barth


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